Aquele que não quer ver

17/07/2021 13h31


Carta aberta para além dos militantes

    Sendo do seu interesse conversar com o referido autor, sobre a política regional e até mesmo as nuances nacionais, as quais se defrontam aos noticiários diários como nuvens atômicas que relacionam a indignidade vestida com a camisa da propina, atravessando os interesses de cada grupo da sociedade brasileira, sem excluir os midiáticos, que aliás, formalmente usam ternos da cor azul marinho.

É condição inegociável pela parte dos debatedores, a discussão desnuda de fanatismo, seja ele qual for, pois, o supracitado ignora a menor noção de verdade aliada a relatividade, sendo assim, cabe ao interesse produtivo, desprover a dialética coligada da amaurose, que tampa a voz do discernimento. Atingindo você, a decisão de aceite a essa condição, vamos aos pormenores logo abaixo.

Kotler, em seus ensaios que beiram a excelência de tratados, explicita manuais de elucidação para a construção de imagens positivas, seja de algum artefato, ou de um ser social. Nominalmente tratado como estratégias, a verba direcionada e prevista no LOA do ano vigente, para custeio de publicidade do governo da Bahia ultrapassa 140 milhões de reais. Já no governo federal, o montante é maior, obviamente, e apesar dos imbróglios que envolvem a destinação da verba de publicidade do governo Brasileiro, os números beiraram 1 bilhão de reais, somando-se os investimentos das estatais, institucionais e as de utilidade pública.

Com esses números é fácil entender a dimensão da importância da autopromoção. O clube de maior torcida no Brasil é o C.R.Flamengo, que em 2019 investiu cerca de 400 milhões no seu projeto de marketing, que incluiu a contratação de atletas de ponta assim como gestores profissionais e treinadores de futebol de nível internacional. A S.E.Palmeiras no mesmo ano investiu aproximadamente 600 milhões com estratégia similar ao clube da capital carioca. Os partidos políticos, também se cercaram de profissionais e de estratégias mercadológicas com o mesmo objetivo, angariar torcedores.

Os militantes, independente de seu lado, são cognatos do substantivo torcedores, mais detalhadamente clubistas. Uns formados no recinto, os pratas da casa, outros atraídos a partir das fortes iniciativas de publicidade. Enfim, são inúmeras as formas de ingresso nesse hall fanático. Mas, se engana quem acredita que a intenção desse autor é redefinir o clubismo, até porque o autoreconhecimento para alguns trata-se de uma tarefa ardilosa, esqueceram de aplicar o exercício conhece-te a ti mesmo.

Dessa forma, o show está pronto, os times prefilados, de um lado o pronome de tratamento que ao invés de vossa excelência transformou-se em corrupto, do outro lado, o mesmo pronome. A arquibancada lotada, uns cantam que vieram de graça, na outra ala, o cântico é de que não vai ter golpe. E quando o jogo começa, a torcida faz a festa. O palco está pronto, é final de copa do mundo, ano que vem, amaurose, a gente não se vê por aqui.

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